Conforme comentamos no nosso último Post – O porquê da certeza do aumento da tarifa de Energia Elétrica nos próximos anos -, o uso racional de energia, através da utilização de programas de Eficiência Energética, será a única alternativa do consumidor, a curto prazo, para atenuar o aumento da tarifa de energia elétrica que vem acontecendo nos últimos 2 anos e continuará sendo praticado nos próximos anos.
Talvez você esteja pensando que existem outras saídas para atenuar o aumento da tarifa de energia elétrica, como por exemplo, investir em geração de energia própria, a já famosa Geração Distribuída, regulamentada em 2012 pela ANEEL (Resolução Normativa – REN n° 482), a qual permite a micro e mini geração distribuída.
A opção de utilização de Geração Distribuída, através da geração com placas solares fotovoltaicas, por exemplo, para geração de energia elétrica na própria residência ou empresa, está cada vez mais sendo viabilizada para a adoção por uma maior parcela da população, no entanto, a instalação de um sistema solar fotovoltaico ainda representa um investimento relativamente alto para a grande maioria dos consumidores.
Na realidade, a Eficiência Energética e a Geração Distribuída são complementares. Enquanto a Eficiência Energética trata do uso racional da energia, a Geração Distribuída trata da geração de sua própria energia.
O que propomos aqui é que você comece pelo mais simples, ou seja, incorporando hábitos de uso racional de energia através da utilização de programas de Eficiência Energética no curtíssimo prazo e, mais tarde, a médio prazo (2 ou 3 anos, no máximo), quando o investimento em geração distribuída fotovoltaica deverá estar em um patamar de preço mais viável, com retorno do investimento em prazos menores (hoje está em média de 8 anos), caso seja de seu interesse e conveniência, você poderá complementar com a opção pela instalação de um sistema fotovoltaico em sua residência, seja a mesma uma casa ou edifício/condomínio, e/ou em sua empresa. Devido à importância do tema Geração Distribuída, o abordaremos em um Post específico sobre o assunto.
O que é Eficiência Energética?
Como falamos anteriormente a Eficiência Energética trata do uso racional da energia elétrica, que se dá através da substituição de iluminação, motores, climatização, por exemplo, por equipamentos mais eficientes, ou seja, que produzam o mesmo resultado consumindo menos energia.
Na área de iluminação, para ficar em um exemplo bastante básico, uma lâmpada tipo LED de 7W tem o mesmo nível de iluminamento que uma lâmpada incandescente de 60 W, ou seja, economia de 53 Watts por hora ou quase 90% de economia. Além disto, a vida útil do LED pode aumentar em até 50 vezes e o calor que é transferido para o ambiente será menor, com menor necessidade de energia para resfriar ambientes climatizados.
À título de exemplo, podemos citar uma área de estacionamento coberto com 300 lâmpadas tubulares fluorescentes de 40W, acesas 16 horas por dia, o que resultaria em um consumo médio mensal de 5.800 kWh.
Utilizando-se o conceito de Eficiência Energética, estas lâmpadas fluorescentes poderão ser substituídas por lâmpadas LED tubulares de 18W, resultando em um mesmo nível de iluminamento, sendo que o consumo médio mensal cairia de 5.800 kWh para 2.600 kWh, proporcionando uma economia de 56%. Adicionalmente, um projeto adequado de Eficiência Energética para iluminação deve detectar o fluxo de utilização deste estacionamento e propor a instalação de sensores de presença, o que deverá gerar um ganho expressivo adicional, podendo chegar a uma economia final de até 70% para o caso específico deste exemplo.
No entanto, um projeto de Eficiência Energética, mesmo tratando-se somente de substituição de equipamentos de iluminação, como no caso do exemplo citado, poderá significar um investimento inicial que o consumidor não esteja disposto a arcar, exatamente em função das dificuldades pelas quais o Brasil vivencia atualmente.
Ocorre que, principalmente nos 2 últimos anos, com o aumento constante das tarifas de energia elétrica e outros insumos, tanto as empresas quanto os consumidores residenciais não têm outra alternativa a não ser reduzir custos. A solução então, caso o consumidor se conscientize do problema, mas não queira investir diretamente em Eficiência Energética, a solução seria buscar uma parceria com empresa do ramo, que possa fazer um Contrato de Performance, no qual a empresa parceira será remunerada pelo resultado do projeto, que deverá ser compartilhado com o cliente pelo período contratual (veja o exemplo da Chroma Engenharia).
Caso seja de seu interesse, entre em contato conosco para aprofundarmos este assunto e trocarmos algumas ideias a respeito.
Até a próxima!